E agora Brasil?
É fácil criticar os brasileiros
que moram fora do Brasil e o fazem principalmente aqueles que não tiveram esta experiência.
Estar fora é sofrer com o que se passa lá dentro, afinal todos nós temos
familiares e raízes na nossa pátria. É julgar com a máxima imparcialidade,
visto que queremos sempre o melhor para o nosso país e para a nossa gente.
A corrupção é gravíssima, mas
ainda mais grave é a impunidade. Já não há esquerda ou direita... são apenas
siglas que perderam seu conceito. O que há hoje são os corruptos que estão no
poder e os corruptos que estão fora do poder arquitetando esquemas para o caos.
Uma onda de salvadores da pátria
vai aparecendo e sendo desmascarada, mas ainda são muitos os que precisam ser
identificados e punidos. Enquanto isso, manipulam multidões que se deixam levar
por falácias acreditando ainda no caminho mais fácil de que um grande líder
resolve tudo.
Um grande líder é importante, porém
a máquina que o coloca lá e a sua estrutura são ainda mais valiosas. Este
conceito vale para qualquer nível e para qualquer profissão… Os assistentes, vereadores, deputados,
senadores deveriam expressar a vontade do povo, entretanto já não há credibilidade
nas ações. Aprovam leis em próprio benefício e agem como se não houvesse lei.
É claro que há exceções, embora os
que aí figurem sejam pressionados e abafados por este esquema, esta máquina,
tornando-se, assim, inócuos no sistema.
A justiça torna-se inoperante,
amarrada pelas leis votadas pelos próprios julgados.
E agora Brasil?
Independentemente do destino do
meu voto dos últimos anos, a decisão foi sempre para aquele que parecia
oferecer as melhores condições para o futuro… ou as menos piores… mas o sentimento
que está sempre presente é, infelizmente, o da incerteza.
Cabe a cada um fazer a sua parte,
sem dúvida. Para mudar o que já está enraizado é necessária uma geração. São as
nossas ações e exemplos diários que refletirão no comportamento futuro da nossa
família, dos nossos filhos. Dessa maneira, podemos alimentar a esperança de que
eles terão uma sociedade que ofereça o mínimo de decência, baseada em
princípios e valores que resultem em melhor qualidade de vida.
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